Um dos grandes questionamentos sobre os automóveis elétricos é a autonomia. Ainda mais na América do Sul, em que falta estrutura de recarga. A Kia resolveu mostrar na prática que o SUV EV6 dá conta de percorrer grandes distâncias, sem ficar com a “pilha seca” no meio do caminho.
Para isso, ela convidou seis motoristas que se revezaram num percurso entre a cidade de Itu (SP) e a capital uruguaia, Montevidéu, com direito a uma perna em Punta Del Este e depois de volta à cidade do interior paulista.
Ao todo, o grupo dirigiu por 4.365 quilômetros, numa viagem que demorou 10 dias para ser concluída. A ideia era mostrar que é possível percorrer longas distâncias com um elétrico.,
O EV6 é o primeiro modelo 100% elétrico que a Kia trouxe para o Brasil. O modelo tem autonomia de 530 km e para cumprir o trajeto, o time da marca sul-coreana mapeou o trajeto com distâncias máximas de 480 km entre os pontos de recarga.
Para ter a exata noção de onde carregar o SUV elétrico, o time utilizou aplicativos como PlugShare, EDP EV Charge, Eletroposto Celesc, Zletric e UTE, já no Uruguai. O uso de apps é fundamental para ativação dos postos de recarga.
Mesmo assim, os motoristas tiveram imprevistos como postos desativados e pontos de parada sem carregadores. Situações corriqueiras. Além disso, o time também teve que considerar os intervalos de carregamento. Num trecho de 750 km, foram necessárias 13 horas para concluir o percurso, que exigiu três paradas para recarregar o EV6.
De acordo com o engenheiro da Kia, Márcio Alexandre da Silva Santos, que participou da viagem, aponta que a dinâmica de um carro elétrico é diferente de um carro a combustão. “A maneira de conduzir o veículo não altera a distância, mas pode alterar a autonomia”, explica, dando exemplo uma das paradas em que o EV6 deveria ter cerca de 90 km de autonomia, mas tinha carga para rodar apenas 69 quilômetros, devido a maneira que foi conduzido.
De fato, a experiência da Kia à bordo do EV6 comprova que é possível viajar com um elétrico como num carro a combustão ou híbrido. No entanto, é preciso planejamento e entender a forma como um elétrico se comporta na estrada.
Fonte: Autopapo
